Ensaio gestante analógico na cachoeira
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O analógico pede o seu tempo para acontecer, o gestar também.
No ensaio com Amanda, carregando seu grande amor Elis, eu tinha algumas poses em um filme analógico, um Fujificolor ISO 200 com uma câmera simples e mais automática que é meu xodózinho para registrar viagens, a Olympus trip 35.
Enquanto fazíamos o ensaio com a câmera digital profissional, escolhi alguns momentos para eternizar em analógico. Já sabendo que tudo poderia acontecer com essas fotos, inclusive elas não existirem quando o processo químico revelasse o filme.
Aqui trabalhamos com se desprender de grandes expectativas, e assim como faziam nossos avós, viver em um outro ritmo de espera, sem o imediatismo e postagens ao vivo.
As fotos se revelaram trazendo tons quentes para a floresta e a cachoeira.
Foi a primeira vez que registrei uma partezinha do meu trabalho em analógico, e do lado de cá ficou o gostinho de explorar mais, com câmeras e filmes mais complexos.
Existe certa mágica na fotografia analógica, uma viagem no tempo, líquidos em um quarto de luz vermelha que revelam o passado.
O nosso ensaio oficial em fotografia digital, nos apaixonou.
Amo poder editar as cores e finalizar na pós, com o mesmo preciosismo e atenção com que escolhi a luz e enquadramento.
Mas acho linda a dualiadade do digital para o analógico, as duas feitas no mesmo momento, mas que também poderiam ter decádas de distância uma da outra.
E as analógicas ficaram como um mimo especial para mostrar pra Elis quando ela crescer, as diferentes formas de se registrar o presente.