A poética da luz nos retratos preto e branco - Ensaio gestante na natureza
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A fotografia nasceu preto e branco, ela é o desenho de luz e sombra.
Em uma gigante escala de tons de cinza, com a ausência da cor, nossos olhos se voltam para as formas e texturas.
Só depois ela coloriu, e que lindo é também trabalhar com as cores, registrar o dourado de um por sol nos cabelos, o rosado de um nascer no horizonte.
Mas para mim, a fotografia preto e branco é um sentimento, é um retrato intenso, é um mergulho na cena.
Com o PB aprofundei meu olhar para luz que entra em cada cenário, como em uma pintura de Rembrandt, artista barroco referência em pintar o contraste e as sombras, eu vou buscando a sombra que a luz desenha na pele.
Se engana quem pensa em ‘preto e branco’ como simplicidade, uma fotografia despida de cor. Ela é na verdade rica em tons, uma grande escala de cinza, que se constrói no contraste, que por sua vez pode ser trabalhado para ser leveza ou dramaticidade.
Na poética dessa imersiva escala de cinzas, mergulho na cena, nas fotos desse post, duas mulheres que gestam seus bebês, imersas na natureza.
Esses ensaios possuem também suas cores, cada um brilhando mais em um tom. Mas quando em preto branco, eles dialogam diretamente.
Com um sol de inverno que entra pela copa das árvores, a textura das folhas e rochas, o rastro da queda d’água. Duas mulheres em contemplação.
Despidas de cores e tecidos, carregadas de vida com 2 corações.